quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Quem é que nunca ouviu falar de Dadá?


Dona dos badalados restaurantes Sorriso da Dadá, no Pelourinho, Varal da Dadá, no bairro da Federação, e Tempero da Dadá, na Costa do Sauípe, ela parece até que nasceu rindo. Dadá, sempre com sorriso largo e franco, é dessas baianas que dá gosto de ver. Aldaci dos Santos veio de uma família simples, e, para ajudar a mãe, dona Júlia, logo cedo aprendeu os segredos das comidas do dendê.

Aos 16 anos, mudou-se para São Paulo para trabalhar, onde conheceu novos temperos e revelou seus dotes culinários. A baiana tomou gosto pela coisa e, a cada dia, inventava um prato diferente. O destino, no entanto, acabou levando Dadá de volta a Salvador. Lá, montou uma sociedade com o filho da patroa. Passou a fazer marmitas e, aos poucos, formou freguesia fixa. O negócio era um sucesso.

As mortes do irmão e da mãe abalaram a vida da baiana, que depois passou a trabalhar em dois restaurantes. Em um deles, conheceu o cozinheiro Paulo. Associaram-se na cozinha e no amor. O casal passou a fazer jantares em casas de particulares e em empresas. Com muita economia, os dois conseguiram reformar a casinha e transformá-la em um restaurante no Alto das Pombas, o Tempero da Dadá.

Os amigos ajudaram na propaganda. Em pouco tempo, o local passou a ser freqüentado por médicos. Mas, a clientela não era suficiente para pagar as despesas. O jeito foi fazer o PF. O restaurante então engrenou. E muita gente famosa passou a freqüentá-lo, como Marília Gabriela, Gil, Caetano, Regina Casé, Zélia Gatai e Jorge Amado. E assim a dona dos temperos transformou-se na quituteira mais famosa da Bahia.q